02/01/2009

Brevemente



Alguns dizem que as tripas à moda do Porto surgiram porque as gentes da cidade ofereceram a carne para alimentar os lisboetas no cerco da cidade. Outros dizem que o sacrifício foi em nome da nação que se expandia além fronteiras em naus repletas de tripulações famintas. Outros dizem que é apenas uma má ideia de um mau cozinheiro. Outros ainda dizem que quando a vida nos dá tripas temos que fazer feijoada. Nós? Dizer, não dizemos nada. Desta vez cantamos. Cantamos a cidade e as tripas. Cantamos as chegadas e as partidas. Cantamos o que somos, o que fomos e o que achamos que somos ou fomos, mas que afinal nunca chegámos a ser. E rimos. Rimos bastante. Em primeiro lugar, rimos de nós mesmos. Depois, rimos dos que nos governam, rimos dos que são governados, rimos dos que vão embora, rimos dos que cá ficaram, rimos dos que sonham e… sonhamos com eles. Portanto, voltamos a rir de nós mesmos.
Teatro da Palmilha Dentada

2 comentários:

Anónimo disse...

É caso pra dizer que uns partem outros ficam assim... :D

Girstie disse...

Aguardam-se novidades :D