14/09/2006
“Os Miseráveis”
Um guião cinematográfico para um filme a realizar na Cidade do Porto. A partir da obra homónima de Victor Hugo.
Primeiro Plano – Rua da Foz.
Jean Valjean sai da sua vivenda e dirige-se ao seu Mercedes. Entra e bate com a porta. Sorri. Liga o carro e inicia uma viagem enquanto trauteia um tema de Nelo Monteiro.
Segundo plano – Vista aérea
O Mercedes Amarelo destaca-se no meio do trânsito que flúi calmo, ordeiro e sem engarrafamentos.
Terceiro, quarto e quinto plano - Sequência de vário planos da viagem de carro, tendo como fundo alguns dos principais pontos de interesse da cidade do Porto (escolher os enquadramentos mais bonitos)
O Mercedes de Jean Valjean passa na Praça da Batalha tendo por fundo o lindo objecto luminoso que lá se encontra.
O Mercedes contorna a Praça Carlos Alberto. Inserir digitalmente as fachadas já recuperadas e inserir vários figurantes vestidos de negro (as senhoras com lenços na cabeça e os senhores de chapéu e bengala), realçando assim o pitoresco da Cidade.
Rotunda da Boavista. Plano do Mercedes parado num semáforo frente à Casa da Musica. Mas porque a Casa da Musica é um bocado cinzenta é melhor tomar o plano tendo como fundo a Rotunda e o aquário com publicidade(ver se o austin Astra está disponível ou então um Jaguar). Colocar vários jardineiros a tratar do jardim.
Em local a designar um grande plano do carro parado, enquanto Jean gentilmente indica a uma senhora que se apresenta pela esquerda num Volvo que pode avançar. Pela janela vê-se um posto dispensador de sacos para recolha de fezes de cão.
Jardim da Cordoaria – encontrar um ângulo que permita inserir ao fundo o coreto com uma banda a tocar. (Será que ainda há bandas no Porto, se não houver eu tenho o contacto de uma de Viana) Retirar a fauna habitual do local e colocar muita juventude. Cuidado com a indumentária.
Sexto Plano. - Jean Valjean estaciona o Mercedes
Plano do Mercedes amarelo a estacionar na Rua 31 de Janeiro. Impedir o estacionamento de carros desde de manhã para que haja muito espaços livres. Tirar os romenos dos calendários da rua. Todos os figurantes deverão estar carregados se sacos de compras do comercio tradicional. Cuidado com a indumentária.
Sétimo plano, oitavo e nono plano - Jean vai ao parcómetro.
Jean não tem moedas. Vai trocar moedas a um polícia municipal que ao fundo ajuda uma velhinha a atravessar a rua. Não realizar planos de cima para baixo de forma a evitar que apareça as obras ao fundo. Todos os planos devem ser rentes ao chão de forma a não expor os andares superiores que estão abandonados. Estudar a possibilidade de instalar nos postes algumas floreiras iguais às que estão na rua de Cedofeita.
Decimo plano – Jean sobe as escadas do tribunal.
Decimo primeiro Plano – Jean frente ao juiz.
Tenho o contacto de algumas pessoas que participaram no mega cortejo de pais-natais. Era giro um juiz com um aspecto bonacheirão, um que sorria. O tribunal real é feio, mas podia-se usar o Palácio da Bolsa.
Decimo segundo Plano – Juiz condena Jean a dez anos nas galés por ter se esquecido de pagar um pão.
Decimo Terceiro Plano - Plano de Jean, a pé a descer até a ribeira, veste bermudas e camisa havaiana e leva uma mala Luis Viton. Entra num Barco rebelo transformado em Iate e parte rumo ao mar. Acho que o conjunto António Mafra tem uma música que poderia ser uma óptima banda sonora para o final. Podia ser filmado ao pôr-do-sol.
Ver se se consegue inserir alguns planos de corte com as plaquinhas verdes com os nomes das ruas. Talvez uma com o nome “Rua do Tribunal” assim pessoas já percebiam que o Palácio da Bolsa era o tribunal.
Não se esqueçam que quero verificar tudo antes do filme estrear.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
perfeito!
Muito bom. Gostei. Parabéns
Enviar um comentário