25/04/2006

A Broa Da Vinci - Parte I

Narro-vos esta história de uma cama de Hospital de paredes brancas, de um lar de terceira idade com cheiro a alfazema e naftalina, de uma praia nas Honduras... Onde quer que cada um de vós ache mais apropriado, mais romântico, nostálgico, aventureiro, sensual... eficazmente narrativo. Sim, no fundo é isso. Eficazmente narrativo. Optei por dar-vos liberdade de escolha ab initio, já que hoje em dia é de bom tom dar liberdades e usar expressões latinas a despropósito, ou ab absurdo. Eu gostaria de estar num alpendre, numa cadeira de baloiço, com a certeza de que assim seriam o resto dos meus dias (e aí o tom da narrativa seria de velho garboso), mas vocês é que escolhem.
O meu nome é José Engrácia e tenho 60 anos. Alguns chamam-me Enfunny Joe, outros Jimbo. Eu prefiro Jimbo. Jimboooooooooooo. Sou um ex-detective privado com mais histórias de vida do que um programa de TV foleiro de dia da semana à tarde. Mas há uma delas que não posso deixar de partilhar com quem me lê. Escolhi este Blog como veículo comunicador porque me parece cretino o suficiente para que toda a gente encare a minha história como dúbia. Algures na fronteira entre a verdade em jeito de será? e a mentira em jeito de nunca seria possível. Desta forma serei um tópico debatido em fóruns por adolescentes sem mecanismos de socialização que queimam o acne com a luminosidade doentia dos monitores LCD. Assim, o que conto residirá no limiar da realidade, que a consagra como lenda. No limbo. Limboooooooooooo.
Tudo se passou numa cinzenta tarde de 3ª feira...

3 comentários:

Fabulosa Marquise disse...

Haverá nome mais "white trash" que Jimbo?!

Santa Ignorância disse...

Nunca mais chega domingo!!!

Anónimo disse...

"Desta forma serei um corpo a abater em força por adolescentes sem mecanismos de socialização que queimam o cérebro com a luminosidade doentia do LSD."

...suspirei de alívio por, ao acordar, certificar-me que apenas tinha a camisola suada. Bela manhã de 4ª feira...