O Teatro da Palmilha Dentada apresenta:
Muro
De 19 a 28 de Junho, de quarta a domingo, às 21h46, armazém 22Rua de Guilherme Braga, n.º 22 (ao Cais de Gaia).Reservas e informações pelo telefone 91 550 91 49, info@armazem22.pt
Maiores
de 16 anos
Um
momento reflexivo e analítico sobre as funções de um muro, da sua
forma e da sua função social.
Dois
solicitadores, representando a família dos Capuletos e a dos
Montecchios, discutem em que termos é que as famílias poderão
construir um muro na linha que separa as propriedades das duas
famílias.
Príncipe –
Senhores, têm noção da gravidade da situação? Um muro é um
muro. Algo físico, determinante! Que determinará por gerações a
nossa realidade. Não se erguem muros levianamente! Pensem senhores:
as gerações que dos ventres Capuletos e Montecchios vejam luz,
crescerão para sempre na sombra de um atroz muro, que ensombrará
para sempre a sua percepção do mundo. Fica um mundo sombrio! Um
qualquer Romeu Montecchio que venha a nascer e uma hipotética
Julieta Capuleto crescerão na sombra desse malfadado muro, fadando
para sempre o seu destino a uma vida de ódios e desconfianças. Um
muro corta os olhares necessários para entender o outro.
Silencio curto de
reflexão e aceitação.
Capuleto – Pois,
mas a dama Capuleto é alérgica a cães
Montecchio – E a
dama Montecchio adora, como a um filho, o ladino Ferrol.
Historial Palmilha
Dentada
O
Teatro da Palmilha Dentada existe desde de 2001. É uma companhia que
aposta num elenco fixo –
mantendo a mesma equipa desde a sua formação – e que leva a cena
principalmente textos originais. Tendo estreado até à data 17
espectáculos de sala, soma também no seu curriculum diversos
espectáculos de café teatro. O seu maior problema é o de não se
levar a sério, transmitindo, muitas vezes ao público a ideia de que
se divertem mais os actores no palco que o público na cadeira. Da
mesma forma que escrevem os seus textos para não ter de pagar
direitos de autor, também as músicas são sempre originais. A
cenografia é regra geral escassa e pobre. Felizmente de bom gosto,
mas infelizmente nem sempre tratada com o respeito que merece. A
máquina de produção é débil o que muito fragiliza a estrutura,
principalmente a nível de promoção e divulgação do seu trabalho.
Curiosamente tem tido público, o que lhes tem permitido a existência
com relativa impunidade.
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