21/06/2015


O Teatro da Palmilha Dentada apresenta:



Muro

De 19 a 28 de Junho, de quarta a domingo, às 21h46, armazém 22Rua de Guilherme Braga, n.º 22 (ao Cais de Gaia).Reservas e informações pelo telefone 91 550 91 49, info@armazem22.pt
Maiores de 16 anos


Um momento reflexivo e analítico sobre as funções de um muro, da sua forma e da sua função social.

Dois solicitadores, representando a família dos Capuletos e a dos Montecchios, discutem em que termos é que as famílias poderão construir um muro na linha que separa as propriedades das duas famílias.
Príncipe – Senhores, têm noção da gravidade da situação? Um muro é um muro. Algo físico, determinante! Que determinará por gerações a nossa realidade. Não se erguem muros levianamente! Pensem senhores: as gerações que dos ventres Capuletos e Montecchios vejam luz, crescerão para sempre na sombra de um atroz muro, que ensombrará para sempre a sua percepção do mundo. Fica um mundo sombrio! Um qualquer Romeu Montecchio que venha a nascer e uma hipotética Julieta Capuleto crescerão na sombra desse malfadado muro, fadando para sempre o seu destino a uma vida de ódios e desconfianças. Um muro corta os olhares necessários para entender o outro.
Silencio curto de reflexão e aceitação.
Capuleto – Pois, mas a dama Capuleto é alérgica a cães
Montecchio – E a dama Montecchio adora, como a um filho, o ladino Ferrol.



Historial Palmilha Dentada

O Teatro da Palmilha Dentada existe desde de 2001. É uma companhia que aposta num elenco fixo – mantendo a mesma equipa desde a sua formação – e que leva a cena principalmente textos originais. Tendo estreado até à data 17 espectáculos de sala, soma também no seu curriculum diversos espectáculos de café teatro. O seu maior problema é o de não se levar a sério, transmitindo, muitas vezes ao público a ideia de que se divertem mais os actores no palco que o público na cadeira. Da mesma forma que escrevem os seus textos para não ter de pagar direitos de autor, também as músicas são sempre originais. A cenografia é regra geral escassa e pobre. Felizmente de bom gosto, mas infelizmente nem sempre tratada com o respeito que merece. A máquina de produção é débil o que muito fragiliza a estrutura, principalmente a nível de promoção e divulgação do seu trabalho. Curiosamente tem tido público, o que lhes tem permitido a existência com relativa impunidade.


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