25/09/2006
Escrito por outros... Posto por mim!
Armadilha para condóminos é a nova peça da Palmilha. Para quem acha que desta feita o título é sobremaneira sugestivo, quem sabe imaginando o barulhento do 7º pendurado de pernas para o ar entre o 1º e a cave por uma corda de nó de forca, ou o puto chato do 3º preso numa ratoeira gigante enquanto tentava chegar a um pedacito de queijo, desengane-se. A coisa é mais densa, a trama mais intrincada e o tema… Bem, o tema é lixo. Como tal é um tema sujo, execrável, ideias dispensáveis, misturadas de forma confusa. O que também pode sugerir um tema político… Em última análise, entre a Rua da Alegria e a rampa da Escola Normal acumular-se-ão sacos do lixo sem que sejam devidamente recolhidos por quem de direito. Mas não! É apenas lixo… e tudo o que ele implica. Em primeiro lugar o que é, o que significa, o que foi e porque já não serve. Depois, quem o cria, quem, camada após camada o constrói qual retrato completo dos dias que vão passando. Finalmente, qual será o de amanhã, como serão os dias vindouros, o que virá a seguir nas sacas pretas iguais a todas as outras de toda a gente. O lixo prevê melhor o futuro do que cartas de tarô, borras de café ou vísceras de pombo. Até porque todas estas coisas também aparecem nas sacas de lixo.
Estima-se que durante o mês de Outubro, o lixo das pessoas que vão ver a Armadilha para condóminos tenha, entre caixas vazias de anti-depressivos, sentenças de inimputabilidade e constas de psiquiatria, um bilhetinho rasgado da última peça da Palmilha Dentada.
by Palmilha Direita
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1 comentário:
"caixas vazias de anti-depressivos, sentenças de inimputabilidade e constas de psiquiatria"
tchhhh e eu achava que o meu lixo dizia muito de mim
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